21 de jan. de 2011

Sem negociação com o Governo, centrais vão pressionar Congresso


A UGT e demais centrais sindicais reuniram centenas de manifestantes hoje em frente ao prédio da Justiça Federal, na avenida Paulista, em São Paulo, e prometeram pressionar o Congresso Nacional caso o governo Dilma não abra negociação. As principais reivindicações são salário mínimo de R$ 580 e a correção da tabela do Imposto de Renda em 6,43%. O governo propôs mínimo de R$ 545.

Para o movimento sindical, essas reivindicações são a melhor forma de reduzir a pobreza, diminuir as desigualdades, aumentar a qualidade de vida e garantir que os trabalhadores sejam reconhecidos pelo desenvolvimento do país.

Durante a manifestação Canindé Pegado, secretário geral da UGT, afirmou que a correção da tabela do IR deve acompanhar o aumento do mínimo, pois essa é a única forma de valorizar o salário dos trabalhadores. “A tabela está defasada desde 1994 e o assalariado é que sofre o maior prejuízo com isso. Os sindicatos filiados a UGT conseguiram aumento real nas negociações salariais mas, sem corrigir a tabela do IR, o "leão" acaba dando uma patada no salário dos trabalhadores. Nosso objetivo é garantir que os trabalhadores sofram menos perdas”, disse.

Chiquinho Pereira, secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT, concorda com Pegado. “Todas as categorias que conseguirem aumentos reais podem ser prejudicadas caso não haja correção no Imposto de Renda”, completou.

Nas suas reivindicações os trabalhadores ganharam mais um aliado, o deputado federal por São Paulo, Carlos Zaratini (PT). Condenando os altos impostos pagos pela classe trabalhadora na conta de luz, telefone e transporte, Zaratini disse que já esta provado que quem paga IR é o trabalhador, por essa razão a correção da tabela é justa e conta com seu apoio. Sem conseguir dialogar com o governo, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, afirmou que as centrais vão para o Congresso lutar por uma política de recuperação do salário mínimo até 2023 e pela correção do IR. “Os salários dos trabalhadores têm sido comido pelo Imposto de Renda e isso não pode continuar assim”, disse.

Aposentados

No dia 24, Dia dos Aposentados, será a vez de a categoria reivindicar seus direitos. A mobilização, que tem o objetivo de conseguir aumentos mais justos para os aposentados que recebem acima do mínimo, acontecerá em diversas cidades e principais capitais do país.

Maurício Gomide / Redação UGT

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